Uma bela reunião de amigos, gente bonita, cerveja, música e uma churrasqueira repleta de carnes suculentas. Picanha, linguiça, asinha de frango, coração de galinha, codorna, um delicioso cardápio de carnes das mais variadas, para satisfazer o desejo dos mais diversos paladares. Tomados pelo prazer que a carne traz, provamos um pouco disso, um bocado daquilo, exercendo um comportamento sem ligação direta com a fome ou com a necessidade daquele alimento, o que nos permite indagar: nós consumimos a carne ou é a carne que nos consome?
De onde vem esse “apetite” pela carne? Da necessidade do corpo ingerir proteínas? Da natureza carnívora do homem primitivo? Do sabor irresistível da carne? Ou será que este consumo desenfreado vem de fatores sócio-culturais? Não será o desejo pela carne mais uma expressão do sistema capitalista, onde o consumismo desenfreado de bens e matérias-primas é sinônimo de aceitação social, status e poder? O que estará por trás daquele ditado que diz: “a carne que falta no prato do pobre, sobra no prato do rico”? Não será a carne mais um signo de ostentação do capitalismo e do embate entre as classes sociais?
Analisando o princípio biológico do homem, somos um dos pouquíssimos primatas que se alimentam de carne. Ainda assim, sabemos que o homem é um animal onívoro, ou seja: pode se alimentar de outros animais ou de vegetais, assim como ovos, leite, etc. Esta favorável condição fisiológica do nosso aparelho digestivo nos aufere um vasto acervo de alimentos fornecedores de proteínas, eliminando a necessidade do consumo desenfreado da carne. Nossa adaptação aos vegetais é tão desenvolvida, que o aparelho mastigatório e a dentição humana já não se assemelham à dos predadores carnívoros, que apresentam grandes presas como principal característica, estando mais próximos dos animais herbívoros. Além disso, o domínio da agricultura foi um dos maiores passos evolutivos da raça humana, representando o fim do nomadismo e o estabelecimento das primeiras civilizações de organização fixa e complexa.
Se a carne não é indispensável ao organismo, tão pouco é à economia. Como produto alimentício, a carne é um verdadeiro “fracasso”. Pelo alto preço da carne frente aos vegetais, pode-se deduzir que ela não é a base da alimentação humana, principalmente em países como o Brasil, onde a maioria da população é de baixa renda. A atividade de criação de animais de corte desvia grande parte da produção de alimentosque poderia ser destinada ao consumo humano, para fabricação de ração animal. Estima-se que 40% de toda a produção de grãos do mundo são destinados à ração animal, grãos que poderiam alimentar 840 milhões de pessoas que passam fome. Na geração de empregos, devido à criação em pasto aberto do gado de corte, a quantidade de postos de trabalho gerados pela pecuária é muito menor do que na agricultura, e a maioria destes empregos estão na atividade de abate e processamento da carne. Esta condição se repete na criação de suínos e aves, onde uma alternativa socioeconômica eficaz seria o incentivo à agricultura familiar, com seu excedente voltado à comercialização, por exemplo.
De onde vem esse “apetite” pela carne? Da necessidade do corpo ingerir proteínas? Da natureza carnívora do homem primitivo? Do sabor irresistível da carne? Ou será que este consumo desenfreado vem de fatores sócio-culturais? Não será o desejo pela carne mais uma expressão do sistema capitalista, onde o consumismo desenfreado de bens e matérias-primas é sinônimo de aceitação social, status e poder? O que estará por trás daquele ditado que diz: “a carne que falta no prato do pobre, sobra no prato do rico”? Não será a carne mais um signo de ostentação do capitalismo e do embate entre as classes sociais?
Analisando o princípio biológico do homem, somos um dos pouquíssimos primatas que se alimentam de carne. Ainda assim, sabemos que o homem é um animal onívoro, ou seja: pode se alimentar de outros animais ou de vegetais, assim como ovos, leite, etc. Esta favorável condição fisiológica do nosso aparelho digestivo nos aufere um vasto acervo de alimentos fornecedores de proteínas, eliminando a necessidade do consumo desenfreado da carne. Nossa adaptação aos vegetais é tão desenvolvida, que o aparelho mastigatório e a dentição humana já não se assemelham à dos predadores carnívoros, que apresentam grandes presas como principal característica, estando mais próximos dos animais herbívoros. Além disso, o domínio da agricultura foi um dos maiores passos evolutivos da raça humana, representando o fim do nomadismo e o estabelecimento das primeiras civilizações de organização fixa e complexa.
Se a carne não é indispensável ao organismo, tão pouco é à economia. Como produto alimentício, a carne é um verdadeiro “fracasso”. Pelo alto preço da carne frente aos vegetais, pode-se deduzir que ela não é a base da alimentação humana, principalmente em países como o Brasil, onde a maioria da população é de baixa renda. A atividade de criação de animais de corte desvia grande parte da produção de alimentosque poderia ser destinada ao consumo humano, para fabricação de ração animal. Estima-se que 40% de toda a produção de grãos do mundo são destinados à ração animal, grãos que poderiam alimentar 840 milhões de pessoas que passam fome. Na geração de empregos, devido à criação em pasto aberto do gado de corte, a quantidade de postos de trabalho gerados pela pecuária é muito menor do que na agricultura, e a maioria destes empregos estão na atividade de abate e processamento da carne. Esta condição se repete na criação de suínos e aves, onde uma alternativa socioeconômica eficaz seria o incentivo à agricultura familiar, com seu excedente voltado à comercialização, por exemplo.
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